O grupo Almofadinhas, formado por Fábio Carvalho (RJ), Rick Rodrigues (ES) e Rodrigo Mogiz (MG), surgiu em 2016 do encontro de três artistas homens que se dedicam em seus trabalhos ao sensível e ao delicado, entremeado por questões de afeto e sexualidade, tendo o bordado como um dos meios de produção de suas obras.
O termo Almofadinhas foi criado pela imprensa em 1919 para depreciar um conjunto de homens de Petrópolis (RJ), pelo simples fato de bordarem. O grupo então adotou, de forma política, o termo antes pejorativo, como seu nome.
Em 2017 aconteceu a primeira exposição Almofadinhas no SESC Palladium (BH). Em 2018 o grupo foi convidado por Ricardo Resende a participar da Residência Artística CASA B, no Museu Bispo do Rosário, seguida pela exposição Almofadinhas | Experiência B, no mesmo museu. Atualmente os Almofadinhas estão em cartaz até maio de 2021 na exposição coletiva Transbordar, no SESC Pinheiros (SP).
Vivemos tempos estranhos, onde a perseguição a certos comportamentos ditos desviantes do padrão conservador, impostos por uma sociedade velha, da “moral e bons costumes”, avança em marcha assustadora.
Ao trazer o bordado masculino de volta ao campo da Arte Contemporânea, Almofadinhas promove um debate sobre estereótipos sociais que busca tensionar a tradição patriarcal, arraigada à ideia de que esta é uma atividade artesanal feminina, doméstica e de importância inferior, ampliando as discussões sobre questões de gênero, afetividade, memória e sexualidade.