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Série

PASSAGEM

 

 

A ideia de cruzar o trânsito dos rostos em retrato 3 x 4 (inicial e canonicamente como documento portátil) do pai do artista e dele mesmo, ganha dimensões e densidade e não só reporta certo calafrio visual quanto produz uma pregnância conceitual, na qual o rosto - a parte mais simbólica e porosa do corpo - se transveste de outro tempo, mais concretamente do tempo do outro, ainda que seja tão próximo e familiar, fruto da relação de ascendência/descendência. A confluência de características afins e não afins produz seu paradoxo em movimento, pois estamos vendo um retrato de retratos, um auto-retrato centrípeto, que se abisma para dentro – implode como pede o gênero quando não é blasé ou uma questão supérflua.

 

(trecho da apresentação. de Adolfo Monejo Navas, para a exposição da série Passagem, de Julio Castro).

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Julio Castro

Artista plástico

estudiodezenove

Rio de Janeiro

 

 

agosto 2020