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ARTE, PERFORMANCE E ATIVISMO

 

Meu trabalho conecta arte e ativismo repensando estratégias de atuações na sociedade, aborda metodologias para articulações performáticas. O artista incitando a reflexão da arte no deslocamento para o campo espacial da passeata agrega potência das ações nas cidades, realiza inovação de ideias, fortalece o alargamento de informações levantando a bandeira sobre o fazer da arte e sua função pública, contribui na comunicação das problemáticas contemporâneas.

 

Nas passeatas com o Grupo Flag Warriors estamos performando e nos conectando com outros artistas em parceria com o Extinction Rebellion importante grupo ativista, que comunica questões das Mudanças Climáticas por toda a Europa para pressionar governos e conglomerados a realizarem no menor prazo possível mudanças na gestão dos recursos naturais do planeta. 

 

O Brasil hoje está em foco no mundo pelo governo atual com sua democracia militar de extrema direita onde as relações com o neoliberalismo, a bancada da agrária, massacres dos indígenas e a exploração indevida de suas terras, queimadas no Pantanal e na Amazônia para a produção agrícola e pecuária, existe uma preocupação generalizada sobre o futuro do planeta sem esses ecossistemas tão importantes para seu equilíbrio.

 

A bandeira símbolo de pertencimento ao território é tremulada e performada trazendo imagens abstratas e semi-abstratas, a aquarela gigante, o gesto, a cor, o pensamento e a performance, se relacionam para sensibilizar o espectador em sua reflexão.

 

Em Londres participei de muitas passeatas em relação ao desmatamento da Amazonia e mudanças climáticas, em 7 de outubro de 2019 tivemos uma passeata organizada pelo Extinction Rebellion de duas semanas em toda a cidade com uma organização que me surpreendeu, tínhamos uma estrutura de café da manhã, almoço e jantar para todos os participantes da passeata, produzi 5 bandeiras que representavam as chamas, a cidade foi dividida em territórios com temas, performamos em Trafalgar Square que significava  o fim do mundo, foi incrível.

 

Considero fundamental a responsabilidade social dos artistas, a arte vive um momento de integração social,  as galerias, museus, centros culturais e mercado de arte se tornaram um modelo acadêmico de produção, os cubos brancos perderam seu valor de interação social, as várias formas de produção artísticas hoje estão se entrelaçando, os espaços se integram,  conectando a cultura de forma mais orgânica ao território no fazer da arte e sua função pública na equidade de gênero, diversidade étnico-racial e territorial, ambientalismo, ativismo e outros temas possíveis, a produção se desloca  pelas ruas.

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Clement Mawby

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Paloma Ibarra

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Otavio Avancini

 

Otávio Avancini

artista visual

 

Rio de Janeiro

nov.2021