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NINGUÉM É DE NINGUÉM

Esse ensaio contempla o gênero - fotografia de rua (street photography) - que em nosso passado recente, mais livre do rigor das leis, produziu imagens espontâneas e surpreendentes das pessoas na vida das cidades durante boa parte do século XX.

 

Aqui, eu,  caçador coletor de imagens não consentidas, tenho como uma das motivações a premissa do Banksy, artista de rua inglês, de que “é mais fácil pedir perdão do que permissão”.

Sobre as condições do trabalho, vale dizer que atuo como “paparazzi dos anônimos” no ambiente das praias do Rio onde  vigora a máxima popular que diz que o espaço é de quem ocupa.

 

Como segunda camada dessa crônica de hábitos e costumes, protejo as identidades dos banhistas, com pequenas colagens na forma de máscaras geométricas inspiradas na prática poética utilizada pelo artista americano John Baldessari e antes dele, por László Moholy-Nagy em na sua foto-montagem icônica de 1925 “The Olly and Dolly Sisters” representando as duas bailarinas gêmeas húngaras que fizeram muito sucesso nos anos 20 dos Estados Unidos.

 

A tarja atua como um freio no fluxo sujeito/cultura expresso no pensamento da socióloga Liza Santos:

“Um indivíduo com venda nos olhos perde o poder de revidar o olhar, de produzir semelhanças e correspondências”. 

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Rogério Reis

Fotógrafo

Atualmente  participa do Coletivo RJ que busca constituir a Primeira Coleção de Imagens

produzidas por fotógrafos da periferia do Rio de Janeiro.

 

acervos: 

Masp/Pirelli (1995), Douglas Nielsen Collection no Tucson Museum of Art-EUA(1996),  MAM-SP (1999), The Fogg Art Museum-EUA (1999), Danforth Museum- EUA (2000), MAM-RJ (2002), Maison Européenne de la Photographie – Paris (2014), MAR- Museu de Arte do Rio (2015), Museu Nacional de Bellas Artes-Buenos Aires (2016), Museu Histórico Nacional-RJ (2017), Chengdu Contemporary Arts Park Museum (2017) , Bibliothèque Nationale de France (2021). 

 

agosto 2021